Flu recebe recursos para formação de atletas: "Vamos elevar o nível"
Peter Siemsen agradece o apoio de confederação e diz que clube não economizará por causa do incentivo recebido. Clube vai comprar equipamentos e renovar estrutura
O presidente da Confederação Brasileira de Clubes (CBCf), Jair Alfredo Pereira entregou ao presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o cheque no valor de R$2.375.310,06, para apoiar a formação de atletas olímpicos no clube. A cerimônia, que representou o ato de descentralização de recursos da entidade, foi realizada nesta sexta-feira, nas Laranjeiras.
O recurso recebido será investido em natação, nado sincronizado, saltos ornamentais, polo aquático, vôlei e basquete olímpico, além do basquete em cadeira de rodas, esporte paralímpico. Participaram da cerimônia também o vice-presidente de esportes olímpicos, Márcio Trindade, o presidente do conselho deliberativo do Fluminense, Marcus Vinícius Bittencourt, e o vice-presidente da CBCf, Paulo Maciel, além de atletas e treinadores tricolores.
Ingrid Oliveira representou os atletas do Fluminense na assinatura do acordo (Foto: Alexandre Ribeiro)
O Fluminense já havia participado de quatro editais da CBCf, mas não havia sido selecionado. Na quinta participação, o clube conseguiu. Jair Pereira mostrou confiança no projeto tricolor “Formando atletas tricolores”.
- Esse recurso não é para o Cesar Cielo. Ele já é atleta de alta performance. Nós queremos formar novos Cielos. Esse investimento não precisará ser pago. O Fluminense só deverá cumprir aquilo que prometeu no projeto. E o clube nos passa total confiança. É um time centenário e o único brasileiro que tem a Taça Olímpica.
O presidente tricolor agradeceu à Confederação pelo apoio dado e afirmou o desejo de ter mais atletas tricolores nos Jogos Olímpicos de 2020. Peter também avisou que o valor recebido não será utilizado para aliviar as contas do clube.
- Esse investimento não será usado para que não tenhamos que gastar dinheiro. Ele servirá para elevar o padrão das nossas estruturas e dos nossos atletas. Se nesses Jogos Olímpicos nós poderemos ter até dez tricolores participando, quero que, com a ajuda desse projeto, tenhamos muito mais atletas daqui em Tóquio. Eu fico muito feliz quando estou no clube e vejo os jovens competindo, se divertindo e evoluindo – afirmou Peter, que lamentou não poder acompanhar tão de perto quanto gostaria os esportes olímpicos.
Um dos líderes do projeto e responsável pela negociação, Márcio Trindade falou onde o dinheiro será aplicado.
CBCf entrega cheque ao Fluminense (Foto: Reprodução / Instagram)
- Nós reformaremos todo o piso do ginásio. Ele terá o piso flutuante de padrão internacional. Colocaremos placares eletrônicos nas áreas de competição, equipamentos de filmagem subaquática, trampolins novos de padrão olímpico, uma academia nova de primeira linha para os jovens atletas.
Apesar de ser uma parceira para a base, a parceria irá beneficiar também o vôlei feminino profissional tricolor,que conquistou a vaga na Superliga 2016/17. O Fluminense não precisa mais de lugar fora das Laranjeiras para treinar, mas segue em busca de um ginásio para mandar seus jogos.
- Agora teremos um ginásio de alta performance aqui dentro. Então não tem mais por que procurarmos um lugar fora para treinar. Os treinos da equipe principal de vôlei serão dentro de casa. Mas não podemos mandar nossos jogos aqui porque ele não é apropriado para as transmissões de televisão, então ainda procuramos um local para ser nossa casa na Superliga – revelou o vice-presidente aproveitou a cerimônia para pedir também que o próximo edital aberto pela CBCf seja para aplicação da verba em recursos humanos, viagens ou competições.
Em nome dos atletas tricolores, Ingrid Oliveira, dos saltos ornamentais, agradeceu ao clube e à Confederação pelo apoio dado a base.
Antes do Fluminense, o Vasco também havia recebido o apoio da CBCf. As agremiações foram selecionadas pelo Edital nº 5 de Chamamentos Internos de Projetos (chamada pública).
Uma mudança na Lei Pelé, em 2011, feita pela Lei 12.395/11, incluiu a CBC como beneficiária de 0,5% do total da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal para que fosse possível a inclusão da CBC nos repasses da Lei Pelé. Desde o início de 2014, de acordo com a Portaria no 1/14 do Ministério do Esporte, a Confederação passou a se estruturar e coordenar a distribuição dos recursos públicos para a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes esportivos formadores de atletas. Quanto aos projetos, a diretoria técnica é responsável por todas as fases da descentralização, desde a proposta de editais e suas fases para classificação na sequência, como também todas as fases do convênio – celebração, acompanhamento, fiscalização e prestação de contas.
*Colaborou, sob supervisão de João Gabriel Rodrigues
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